Mais um ano, mais presentes para o povo moçambicano. Pelo segundo ano consecutivo, a Cotonete Records e o Azagaia proporcionam um presente de natal em forma de música para o povo moçambicano. E porque é para o povo, é MAHALA. Deliciem-se com esta curta retrospectiva do ano que já se aproxima do fim a passos largos.
Distribuição: www.cotonetemoz.blogspot.com
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2008... finalmente novo ano
Nada melhor que outro ano, pá esquecer o velho ano
Novo plano? Naaa. Deixa estar o velho plano.
Abre as comportas da barragem pá começar bem o ano.
Janeiro, vieram as cheias no rio Save
Vieram os números de conta, o dinheiro que nos salve
E desfilamos Nova Mambone de 4 por 4
Helicópteros no ar deixam a população de 4
Mas quem era acusado de ter então roubado
Não 4 mas 300 milhões do Estado
Era o nosso Procurador que passaria a procurado
O juiz confiado pelo criador de patos
À 5 de Fevereiro o tiro saiu-nos pela culatra
Tudo por causa da subida dessa tarifa de chapa
Nem a polícia controlou essa gente descontrolada
Mandamos a media fazer a coisa parecer controlada
Mas, em Março cabeças rolaram
4 Ministros choraram e outros 4 festejaram
Quem não festejou e ficou sem a pasta da defesa
Foi o ministro a quem o cunhado não lhe deu defesa
Parece mesmo que não dá pá confiar em cunhados
Foram mais de 30 mil moçambicanos escorraçados
Queimados, apedrejados nas terras do rand
Isso em finais de Maio, vinha ainda muito sangue
Coro:
Pelos casos que abafamos
Os carros que importamos
Obrigado de novo pai natal
Pelo povo que roubamos
No fim não pagamos
De novo obrigado pai natal
II
Insegurança na Segurança Social
Metemos a mão no maior banco nacional
E levamos emprestado mais de 8 milhões de dólares
Há quem não deve ter gostado de só ficar com as sobras
E foi nesse mês de Junho que as 17 crianças
Libertaram-se dos turcos, do alcorão e das Madraças
Hehehe...Alcorão o caraças
Dizem que foi pretexto pá violar as pobres crianças
Julho, as comichões de Comiche
Tentamos oferecer comissões ao Comiche
Ele recusou-se a cooperar e funcionar como se exige
Ficas sem terreno nas eleições, capiche!
Em Agosto confirmaram-se as alergias à Comiche
Simango venceu a guerra interna dos edis
Enquanto isso encerrava-se o caso Costa do Sol
Policias condenados a ver aos quadrados o sol
Setembro, aquele Simango das terras do Chiveve
Lixou os nossos planos, como esse miúdo se atreve
Atrevidos foram também os jornalistas do Zambeze
Meteram papel e esferográfica onde não se escreve
E o super ministro, foi super golpeado
Controlado, agora nas celas que havia controlado
Encarcerado, já não quero ser ministro
Quem diria que seria uma profissão de risco
Coro: (2x)
III
Mistério... no Ministério da Agricultura
No País do Foguinho fazer fogo já é cultura
Depois foi a vez do Ministério das Finanças
Queimamos alguns papéis pá salvar certas finanças
E nesse mês de Outubro ali na casa dos aviões
O PCA foi se juntar ao ex-ministro das prisões
Bruxos caçam bruxas, atiram-se culpas
E há quem ainda se diverte, à custa dessas lutas
Novembro fomos todos da campanha as eleições
Da vitória dos Simangos, à promessa de caixões
Ministros e vice-ministros ouvidos em declarações
Generais envolvidos em roubo de milhões
E o hotel prisional anda muito badalado
Ministros fazem check-in, mecânicos fazem check-out
Dizem que o PR agora levou um knock-out
Como explicar que Anibalzinho fugiu do comando
Ficou tudo descomandado, policia muda o comandante
O novo comandante promete ser mais operante
Mas temos que tirar-lhe o nome do caso escaldante
É accionista da empresa dos generais do saque.
Coro: (2x)
