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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Azagaia entre as 5 figuras de 2007

Depois do Jornal Canal de Mocambique agora e a vez do blog DIARIO DE UM SOCIOLOGO do Sociologo Carlos Serra nomear o Edson da Luz aka Azagaia, rapper da Cotonete Records, autor do classico album BABALAZE, uma das (5) figuaras do ano. Portanto, esta a vista mais um gesto de reconhecimento do potecnial e da perspicacia desse rapper que insiste em fazer da sua musica um servico publico, de povo para povo.

Em nome do Azagaia e da Cotonete em geral, fica o nosso humilde Obrigado pelo reconhecimento (certamente merecido).

Que venha o 2008 e que nos traremos mais hiphop aos ouvidos.

Feliz 2008 para todos!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Azagaia considerado figura do ano

O Canal de Mocambique, um jornal online (tambem com edicao via fax, creio eu), considerou o rapper do colectivo Cotonete Records, ou seja, Azagaia como uma das duas figuras do ano. O trecho a seguir foi extraido parcialmente do site do Canal de Mocambique, quem quiser ler o materia completa, entre neste link http://www.canalmoz.com/ ou clique AQUI.

(Ja agora, quero so salientar, que ficamos ontem surpresos ao ver a letra da mais recente musica do Azagaia, isto e, a letra da musica OBRIGADO PAI NATAL que lancamos as 0:00H do dia 25 do corrente mes, em exclusivo no nosso site, na seccao CULTURA da ultima edicao do Jornal Savana. Nao estavamos a espera de tanto, isso e sinal de que estamos a despertar atencao e estamos de uma ou doutra forma a fazer a nossa mensagem passar... Obrigado!!!)


Aproveitamos o momento para agradecer ao Canal de Mocambique por esse notavel reconhecimento.

FIGURAS DO ANO 2007

Parque Nacional da Gorongosa e Edson da Luz vulgo AZAGAIA

Maputo (Canal de Moçambique) - As figuras do ano são uma praxe na Imprensa. No «Canal de Moçambique» resolvemos repartir por duas figuras a nossa escolha do ano que está prestes a findar e no qual esta é a nossa última edição. Trata-se de duas figuras que pelo seu desempenho fizeram ver ao mundo que em Moçambique há mais vida para além do que se possa pensar. Elegemos o Parque Nacional da Gorongosa e o «rapper» moçambicano Azagaia, de seu nome próprio Edson da Luz.


Edson da Luz ou simplesmente AZAGAIA, esse jovem talentoso da Namaacha, elegemo-lo pela sua irreverência crítica e incontornável rebeldia que foi este ano para muitos de nós uma referência do que este país carece para que não se acomode no fausto de poucos e miséria de muitos.
Elegemo-lo por reconhecermos nele o que vai faltando a muitos, sobretudo jornalistas, que embora com os factos debaixo dos seus narizes preferem calar-se.
Azagaia é, tornou-se, fez-se a si próprio uma referência da juventude. Vai dizendo a cantar o que muitos querem ofuscar com estatísticas e números enganadores num País em que os que mais fizerem por ele continuam iludidos, deitando as suas faces dia após dia sobre a miséria que lhes destinaram.
E o povo apenas pede transparência
Queremos uma auditoria nos ministérios e presidência
Um levantamento de bens e orçamento
Os zeros no vencimento
Pra combatermos a pobreza vamos combater o enriquecimento
Baixem o salário dos deputados
Directores e ministros
E essas regalias dos Mercedes e subsídios
É tanto luxo, no meio do desemprego e do lixo
Porque que num país tão pobre os dirigentes são tão ricos?
Declarem os vossos bens antes de assumirem as pastas
Ao povo o que é do povo”, cantou ele este ano.
Edson ou simplesmente AZAGAIA não se acobardou. Pelo exemplo de coragem, aqui fica a nossa homenagem para que sirva de exemplo a tantos que podem dar o que ele dá e até muito mais a este nosso país comum e preferem calar-se esperando apenas que os outros resolvam os nossos problemas enquanto nós esperamos apenas que a árvore cresça e dê frutos. Elegemos Edson da Luz pelas luzes que ele acendeu este ano com o seu espírito de AZAGAIA. Bem hajas nosso respeitado guerrilheiro de sentimentos!!!

(Canal de Moçambique - 2007)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Agenda: 04

Esta Sexta Feira a Cotonete estara na discoteca Coconuts para juntamente com outros artistas participar do lancamento do album "TOME NOTA Vol.1" do Dj Damost, a Cotonete se fara representada pelos seus soldados Azagaia, Izlo e o Pictho.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Novo som do AZAGAIA... voces nao estavam a espera!

Como anunciamos no post abaixo, hoje apresentamos em primeira mao e em exclusivo a prenda de Natal que voces nao estavam a espera, e a prenda chama-se OBRIGADO PAI NATAL.

Ja esta disponivel aqui, letra e musica, descarreguem e divulguem o som principalmente durante este Natal.

Titulo: Obrigado Pai Natal
Artista: Azagaia
Label: Cotonete Records
Producao: The Jumper
Captacao: G2 (no G-Estudio)
Masterizacao e finalizacao: Hernanio
Distribuicao: www.cotoneterecords.com


Feliz Natal, Feliz 2008, mais hiphop no teu ouvido!!!

A seguir letra e o link pa descarregar....


Música: Obrigado Pai Natal
Artista: Azagaia
Label: Cotonete Records

I
2007 começou no meio de chuva e champagne
Ninguém previa que ainda vinha muito chumbo e sangue
Tavamos todos a ressacar, babalaze de fim de ano
Povo dança pa não chorar, parece filme indiano
Janeiro:
Começa com a Soico e os tribunais
"Bens penhorados devolvidos", lia-se em todos os jornais
E recebiamos a polémica visita oriental
O presidente da China senhor Hu Jintao
E é claro que rubricámos varios acordos pragmáticos
Uma Barragem no Zambeze, e a construção do novo estádio
E a China é generosa...
só quer madeira em troca
E desfloresta a nossa mata, com nossa mão-de-obra
Barata, e não se boicota como na Zâmbia
Deixa o povo só falar enquanto o nosso negócio anda
Cahora Bassa abre comportas inunda o vale do Zambeze
Deixa famílias ao relento ,em Fevereiro isto acontece
Enquanto isso Ciclone Flavio faz mais outros reféns
E as ajudas são benvindas, em dinheiro ou em bens
As calamidades não descansam põem a prova o nosso povo
É tanta ajuda p'ra gerir põe a prova o nosso bolso
Março:
Dia 22, quinta feira
O nosso paiol explodia, eram estrondos e poeira
Terror em Laulane, Bagamoyo, e Malhazine
De Jardim a Hulene, Aeroporto e Magoanine

CORO:
Pelos casos que abafamos
Pelos carros que importamos
O salário que ganhamos
Obrigado Pai natal

De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.

Pelo povo que roubamos
Pelos danos que causamos
E no fim não pagamos
Obrigado Pai Natal

De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.

II
O povo...
Pede a cabeça do ministro
Ali em frente a assembleia,
Nunca vi nada igual isto
Mas a policia teve e lá
E prendeu os manifestantes
Repôs a paz, lei e ordem...
No seio dos governantes
Inquéritos não deram em nada
Mais um acidente natural
Causado pelo calor, só despesas de funeral
Se não há provas não há crime
Quase mil entre mortos e feridos
É o balanço do Paiol de Malhazine.

Abril:
A policia fuzilava a luz da lua
Lá no bairro costa de sol
Que não brilhava aquela altura
O PGR, rendia-se a famosa velha luta
Contra o Crime Organizado
Na Assembleia da República
(he) Quis pescar com rede fina peixe graúdo
Ninguém foi as audiências,
Nunca se viu tamanho insulto

Maio:
Mais um Shopping Center em Maputo
É a pobreza absoluta combatida com o luxo
E o Ministério da Agricultura queimava os seus arquivos
Mais um curto circuito, não há provas nem arguidos
Lá se foi a base de dados da PROAGRI
Junho, Julho, Agosto, o pais só arde
Boas Vindas dadas ao velho Juiz Paulino
O novo Procurador Geral, tirou 7 do caminho
É bom que ele venha devagarinho
Porque a coisa tá quente no País do Foguinho.

CORO:
Pelos casos que abafamos
Pelos carros que importamos
O salário que ganhamos
Obrigado Pai natal

De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.

Pelo povo que roubamos
Pelos danos que causamos
E no fim não pagamos
Obrigado Pai Natal

De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.

III
"Agora matam-se entre eles
Traição na corporação"
Parece que o tal do Azagaia tinha razão.


Agostinho Chaúque
O homem que deu cabo da saúde
De policias implacáveis ao crime Chaúque
Não perde de tempo com fraudes
Este homem assalta bancos
Afoga Mambas no Rio,
Só em polícias foram tantos
E o deixa-andar não deixou de mais uma vez ganhar um prémio
Mo-Ibraim, parabéns camarada voce é um génio
Excelente governação,
O presidente sem governo
Agora acredito que existe
O paraíso eterno.

Novembro:
Sentimos todos no calor de Tete
O PR emocionar-se com a sua jogada de mestre
É que a divida que ainda é dívida já não é dívida pra o povo
E não importa quem duvida, se quem duvida não é o povo
E é segredo bem guardado nos negócios do Estado
Esse enredo de empossarmos... o que pedimos emprestado
Com ajuda desse Banco muito bem selecionado
"Cabora Bassa já é nossa", cada um tira o seu bocado.

CORO 2X:
Pelos casos que abafamos
Pelos carros que importamos
O salário que ganhamos
Obrigado Pai natal

De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho

Pelo povo que roubamos
Pelos danos que causamos
E no fim não pagamos
Obrigado Pai Natal

De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho


Descarregar o som AQUI!!!
ZShare: http://www.zshare.net/audio/58871543447aa2/ (so musica)
ZShare:
http://www.zshare.net/download/58880089f2b2d1/ (.Zip - completo)

Aguardamos os vossos comentarios e pareceres em torno destra prenda de Natal...Obrigado!!!

OBRIGADO PAI NATAL!!!!

Dentro de algumas horas voces vao poder abrir e deliciar-se da GRANDE prenda de NATAL que a Cotonete Records preparou para voces. Na certa voces nao estavam a espera disso, voces nunca pensaram, mas yah, DIA 25 de DEZembro aqui nesse blog o brinde OBRIGADO PAI NATAL!!!

Fiquem atentos....!!!

RASCUNHO dos ultimos acontecimentos!

Nos ultimos dias nao conseguimos actualizar o blog com os ultimos acontecimentos a volta da Cotonete Records, surgiram problemas de ordem tecnica, mas duma forma resumida podemos sublinhar o seguinte.

Azagaia esteve na cidade de Inhambane para fazer um espectaculo, mas infelizmente o memo ao aconteceu, por falta de seriedade e maturidade por parte dos promotores do respectivo espectaculo. Contudo, deu para estar em contacto com muitos dos admiradores da Cotonete e do Azagaia em particular, vender e autografar alguns CDs "Babalaze". Esta para breve outra oportunidade para se voltar la.

Depois disso o Azagaia regressou a Maputo e de seguida voou para cidade da Beira, no centro de Mocambique, para juntamente com Dama do Bling comandar um grande espectaculo. Portanto, Beira revelou-se uma cidade bastante calorosa... Voces podem confirmar isso no video postado aqui anteriormente.

Equanto Azagaia actuava na Beira, Pictho, o novo reforco da Cotonete Records, actuava na cerimonia de lancamento do primeiro album da dupla Micro 2, o album ANDANDO A PE, que aconteceu no espaco do AfricaBar.

Pictho voltou a estar presente noutro evento com Micro 2, desta feita no evento NOITES de HIpHop que tem acontecido todas as terca-feiras no Cafe Gilvicente.

E para fechar esse rascunho, a Cotonete fez-se presente em mais dois eventos no sabado ultimo, primeiro na Escola Secundaria Francisco Manyanga num evento de caracter humanitarioe e de ajuda aos desfavorcidos, tendo subido ao palco a Iveth, Terry, Pictho e o Azagaia enquamto o Dj Devil misturava. Ficamos felizes em participar deste humilde evento que para nos significa muito...

Depois disso, anoite, o IZLO e !VETH foram a cabeca de mais uma edicao do evento RODA DO HIPHOP. Surpreendentemente centenas de pessoas moveram-se ate ao espaco do Africa Bar para testemunhar em grande perfomance esses dois temiveis nome da nossa escola. Nunca esse evento tinha tido tanta gente como foi nessa ultima edicao, talvez porque muitos pensaram que se tratava de um evento produzido pela Cotonete... Anh... o Dj Devil estava nos pratos...

Bom, foi esse um pequeno apanhado dos ultimos acontecimentos, foi tudo escrito muito rapidamente, as correrias, so pa nao estarem totalmente desactualizados. Depois postaremos mais detalhes dos eventos como filmagens e fotos...

domingo, 16 de dezembro de 2007

Video show: Azagaia na Cidade da Beira

Assistam em primeira mao uma parte do espectaculo que o mano Azagaia protagonizou na Cidade da Beira na passada sexta feira dia 14.12.07

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Agenda: 03


Abaixo a lista de eventos onde os artistas da Cotonete vão estar presentes (em concerto) esta semana. Corre e avisa no teu bloco...

PITCHO – Convidado especial para abrir a primeira sessão de NOITES DE HIPHOP que a partir de hoje vai acontecer todas as terças-feiras no sitio de costume, Café Gilvicente, as 22Hrs. Portanto, hoje dia 04/Dez será PICHTO e A-SMALL, HipHop ao vivo com Artur (Baixo), Elcides (Guitarra), Fidy (Bateria) e DJ Speech (Pratos).


IZLO H – Em jeito de Chil Out, Sabado dia 08 no AfricaBar, AquarioSoul, o alucinogéno musical, na sessão acústica com MCs e Djs, conexão HipHop, Soul, Jazz com Baka, Xabindza, Nelma, FaceOculta, Xitiku Ni’mbaula, F&G, SickBrain, L-Nato, SoldieLector, DonsMizzle e Izlo.


AZAGAIA – Em concerto sábado dia 08/Dez na Cidade de Inhambane, antecipado de uma sessão de vendas de CDs, autógrafos, fotos e mais no período de manha.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Cotonete Records - Novos membros

PICTHO e DJ Devil estão em casa!

A
Cotonete Records é um selo independente, especializado em Rap/HipHop "underground", surgido em 2005. Nossa cena a produção, edição e agenciamento dos nossos artistas.

Desde o seu surgimento at
é então a Cotonete já desenvolveu várias iniciativas dentre quais podemos destacar o primeiro álbum do nostálgico grupo Dinastia Bantu intitulado "SIAVUMA", depois no inicio de 2006, lançou uma compilação bastante aplaudida e acarinhada e que serviu principalmente para solidificar o nome COTONETE na cena HipHop nacional e não só, uma compilação que contou com a participação de mais de 16 grupos/mcs e cerca de 7 produtores dos mais respeitados, a compilação "MAIS HIPHOP NO TEU OUVIDO".

Em 2007, foi oficialmente anunciada a vinda do álbum
BABALAZE com o single de antecipação "AS MENTIRAS DA VERDADE" (com ilustração também em video) que chegou modéstia a parte a venda mais de 500 exemplares, e que percorreu entre jornais, TVs, radios, sites, emails, blogs, celulares, bocas e bocas a nível nacional e internacional. Assim, ainda em 2007, no mes de Novembro especificamente, a Cotonete trouxe as ruas o bastante esperado BABALAZE do inreverendo AZAGAIA, album que surprendeu a todos em todos os sentidos.

Mais albuns virão a caminho, quem viver ver
á.

At
é o final de Novembro, o elenco da Cotonete era formado pelo AZAGAIA, IVETH, RAGE, IZLO e TERRY, mas a partir de agora o quartel tornou-se mais forte com a entrada de Novos soldados, são eles PITCHO (directamente da Matola, mc com forte potencial, a dropar ja a bwe e que sem duvida merece estar nesse colectivo) e DJ DEVIL (directamente do bairro da LIBERDADE, outrora mc - Devil Drain dos Blood Stain - mas fascinado pelos turntables e scracths, autodidacta, não precisamos recordar aqui a importância de um DJ para uma família como a nossa...).

Estamos todos muito felizes por ter esses manos connosco, certamente traremos mais hiphop para os vossos ouvidos.

Agora corre e avisa no teu bloco que o colectivo esta mais forte, Cotonete Records!

BABALAZE na tuga brevemente

O álbum BABALAZE, do rapper e mc AZAGAIA, integrante do colectivo Cotonete Records, já tem data marcada para sair em Portugal. Segundo a Horizontal Records, selo responsável pela edição desse álbum na tuga, o álbum estara disponível em Março próximo. Para já a Horizontal tem agendado para o dia 17 de Dezembro a saida da Mixtape do REGULA com o nome "KARA DAVIS".

Para já ficam ai dois links para quem quiser sacar os sons promos do BABALAZE:

  • Eu nao paro + Valete promo-Skit aqui: link1 (ZSHARE), link2 (RAPIDSHARE), link3 (SENDSPACE).
  • Azagaia c/ Valete - Alternativos AQUI: link1 (Zshare), link2 (Rapidshare), link3 (Sendspace).
Veja comentários sobre estes sons no fórum da Horizontal. Ver o fórum.

Brevemente, o álbum estara disponível também em Angola, mas sobre daremos noticias mais concretas nos próximos dias.

Relembramos que o álbum já esta disponível em Moçambique desde o passado dia 10 de Novembro e que pode ser adquirido nos seguintes lugares: Bang's Fashion, Tiger Shopping Center, Centro Cultural Franco Moçambicano, Casa da Cultura do Alto-maé.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Arquivo: Cotonete na IV Street Magazine

A IV STREET é uma revista portuguesa fortemente orientada para a cultura Hip Hop nas suas variadas manifestações e vertentes, editada mensalmente (agora) em www.ivstreet.com. É recorrente encontrar na IV STREET crónicas de eventos, críticas a CDs, entrevistas a artistas das quatro vertentes (MCs, DJs, B-boys e B-girls e Writters), artigos de opinião que cobrem os mais diferentes aspectos da cultura, foto-reportagens, artigos sobre desportos urbanos, street wear, entre muitos outros temas directa ou indirectamente ligados à cultura Hip Hop.

A IV STREET começou como um projecto, não de uma revista, mas de um singelo catálogo. Foi necessário adaptar os objectivos aos recursos disponíveis, processo que levou à edição do seu primeiro número online em Setembro de 2006. Desde então a equipa cresceu, não só em número mas também enquanto equipa.
Entre os seus maiores projectos estão entrevistas a artistas internacionais como Q-Bert e 2 Many DJs e uma cobertura em grande escala do Concurso Nacional de DJs de 2006, apoiado pela IDA, e do FlowFest 2007, eventos dos quais foi Media Partner.

Nesse contexto a Cotonete Records teve o privilégio de ser entrevistado por essa magnifica revista em duas ocasiões, primeiro ao Joe a quando do lançamento da respeitável compilação “MAIS HIPHOP NO TEU OUVIDO e depois ao Azagaia logo após a saida do atemporal single “AS MENTIRAS DA VERDADE”.

Bom, vocês poderão conferir essas matérias nos seguintes links:

Para ver a matéria sobre a compilação “Mais hiphop no teu ovido!” (a Revista esta em PDF, portanto deve descarregar e ler no seu computador);

Para além dessas matérias ainda poderão ter acesso a informações sobre o hiphop e mcs portugueses.

Acima de tudo a IV STREET não esquece que Hip Hop é paz, amor, união e divertimento porque, como diz KRS-ONE, um ícone dos primórdios do movimento Hip Hop:

Rap Is Something We Do, Hip Hop Is Something We Live

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Agenda: 02


  • Azagaia - Sexta Feira, dia 30 de Novembro, 22Hrs no espaço do África Bar, a MADGUNZ apresenta a "RODA DO HIPHOP", evento ao vivo com a Banda Ndyango. O convidado especial deste evento e o mano AZAGAIA mas para além dele estarão presentes na mistura o Dj Mhuale e o Dj Celcinho, no palco nomes como A-Small e Armadu, 9mm, M18 e tantos outros. Havera BABALAZE a venda no local.
Veja o flyer abaixo!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A PROMOÇÃO CONTINUA!!!

À venda hoje...


Para os que ainda não conseguiram comprar o BABALAZE nem no passado dia 10 no Mimmos nem na loja Bang's Fashion, esta ai mais uma oportunidade...


Hoje, dia 23, a partir das 16Horas, na portaria do CINE-ÁFRICA, com cobertura da Radio Cidade e com os autógrafos do Azagaia, o álbum BABALAZE estara a venda (ainda a preço da Cotonete).

Durante a próxima semana o CD estara disponível em mais lojas da cidade de Maputo e nas capitais provinciais....



Em cima a capa principal do BABALAZE...


Em cima a capa alternativa/especial do BABALAZE, normalmente reservados a Rádio, Televisão, Jornal, etc...


agora, qual das capas achou melhor heheheh???

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

IMPRENSA: Jornal Noticias

Azagaia no Jornal Noticias

No Caderno Cultural do Jornal Noticias de hoje Quarta-Feira, 21 de Novembro de 2007, na rubrica "IDEIAS", trás um artigo sobre o rapper AZAGAIA assinado pelo Pratricio Langa. Eu ainda não tive oportunidade de ler o referido artigo, mas vim por em primeiro mão aqui no blog, para que vocês podessem ler e comentar.

Se houver necessidade nos próximos dias faremos um comentário em volta desse artigo. fiquem atentos.

Agora, atenção ao artigo abaixo, leiam e deixem o vosso comentário!!!


“AS VERDADES DA MENTIRA”: Do senso comum ao eclipse da razão (1)

Edson da Luz, Azagaia de nome artístico, é um jovem moçambicano, quanto a mim, com faculdade para se afirmar na arte de escrever letras, compor e interpretar música do género hip hop ou simplesmente RAP. Hip hop é um estilo de música popular cujas origens nos remetem para os meios socialmente desfavorecidos, i.e. guetos maioritariamente negros dos Estados Unidos da América. A combinação do ritmo, rima poética, e palavreado ao som de batidas (beats) musicais emprestou-lhe o nome de música RAP. Aos rappers normalmente chama-se-lhes MCs. Na verdade, o MC (Master of Ceremonies) refere-se ao mestre de cerimónia que introduz o DJ (Disc Joker) que vai animar a plateia com a mistura de ritmos, rima poética e canto (voz). Enfim, não pretendo fazer a história da origem do hip hop, aqui. Há elementos que não interessa aprofundar para aquilo que são os propósitos deste artigo. Interessa-me, no entanto, referir a uma característica peculiar do hip hop: a crítica social e/ou intervenção social! O hip hop é uma música de intervenção social, isto é, uma música cujo conteúdo das letras procura desnudar as diversas situações de injustiça social e expor os demais problemas sociais que afectam principalmente as minorias étnicas nos EUA, em particular os afro-americanos. Esta característica não é universal entre os rappers. Como qualquer movimento cultural o hip hop tem várias correntes, ramificações e produziu até sub-culturas. Por exemplo, a sub-cultura do gangstarismo que mais se popularizou pelos efeitos comerciais que gerou, pela vida luxuosa, material, que proporcionou a alguns de seus interpretes, pela “cultura de violência”, entre outras coisas e pela reacção crítica que a sociedade lançou aos gangsta rap. Este último é um tipo de Rap que remete para um estilo de vida que reclamou a vida de muitos jovens, principalmente, negros americanos e que têm como um dos seus ícones o legendário Tupac Amaru Shakur[1] (1971-1996). 2pac morreu, com apenas 25 anos de idade, crivado de balas. Aqui também não interessa aprofundar estas histórias que até são marginais ao assunto. Devo apenas referir que o hip hop, nas suas diversas sub-culturas, universalizou-se, para não dizer globalizou-se, e em cada contexto foi adquirido características sui-generis desses lugares.

Bom, qual é o propósito, então, de vos contar um pouco da história do hip hop? Pretendo, simplesmente, sugerir uma reflexão geral sobre o sentido – dito “crítico” – da música de Azagaia. Em outras palavras, quero levantar questões sobre a realidade a que a música de Azagaia nos dá acesso, ou se quiserem questiona. Que realidade descreve e como faz essa descrição? É uma maneira razoável de nos apresentar uma leitura da realidade, digamos, político-social do nosso país? Estamos de acordo com os termos da leitura? Descreve e documenta essa realidade da “melhor” maneira possível? As conclusões talvez sejam o menos interessante debater, mas como se seja a essas conclusões parece um aspecto fundamental que a nossa espera pública não devia descurar. Azagaia, nas suas músicas, sugere que a realidade política e social do nosso país apresenta-se de um certa maneira. Concordamos com essa descrição? É sobre isso que este artigo trata.

REALIDADE VS. CONHECIMENTO DA REALIDADE DO PAÍS

Sem grandes recursos teóricos, e de forma algo leiga e bem generalista, gostaria de sugerir que existe:

a) por um lado, a realidade (social) do país e;

b) por outro lado, o conhecimento da realidade (social) do país.

Tanto uma como outra são em parte produto das nossas acções, portanto passíveis de tomarem forma e conteúdo possíveis e ainda não realizados. Quer dizer, a realidade do nosso país e o conhecimento dessa realidade podem estar sujeitos a nossa intervenção para tomarem formas e conteúdos específicos. O espaço público, a política, através do debate de ideias, é onde nós podemos negociar – democraticamente, em princípio – os vários futuros possíveis e “desejáveis”. O debate de ideias é, portanto, constitutivo e constituinte da sociedade que fomos, somos e podemos vir a ser. Podemos dizer, então e hipoteticamente, que em função da abertura que tive(r)mos para o debate de ideia fomos e podemos ser uma sociedade autoritária (fechada) ou democrática (aberta), para colocar as coisas entre extremos. O desafio que se nos coloca todos os dias é saber para que lado tendemos e queremos tender. Como e o que fazemos para evitar os inimigos da sociedade aberta, se esta for o nosso desiderato. De novo o próprio debate é chamado como instrumento não só para medir essa tendência, como para destruir os inimigos da sociedade aberta. Tudo isto é para dizer que enquanto sociedade temos que saber debater. Debater, aqui, significa saber avaliar argumentos. O conhecimento que temos da realidade do nosso país depende, portanto, fundamentalmente, da capacidade que temos de avaliar argumentos nas suas diversas maneiras de se apresentar. Se nos dizem, por exemplo, que o nosso país é pobre. Estão basicamente a oferecer-nos uma conclusão. Para sabermos se essa conclusão é plausível temos que avaliar as razões (premissas) que se nos oferecem para tirar tal conclusão (voltarei a este assunto mais adiante). Não podemos é a aceitar que nos digam é pobre porque é pobre e pronto! A maneira como avaliamos esta conclusão e suas premissas vai nos dizer muito sobre o que sabemos do nosso país. Podemos então questionarmo-nos sobre os modos de produção de conhecimento dessa realidade e sobre a validade do conhecimento que produzimos.

Neste sentido “verdade” ou conhecimento verdadeiro seria aquele conhecimento que apresentasse razões plausíveis para as conclusões que descrevem o estado do nosso país. Quanto mais fidedignas as razões (premissas) mas fortes as conclusões e o conhecimento que temos do país. O conhecimento seria, portanto, apenas a representação dessa realidade. Podemos imaginar que o trabalho de buscar representações fiéis, conhecimento “verdadeiro”, do país, isto é, o mais próximo possível da realidade “real” deve ser penoso pelo tempo, recursos que requer e, não só, como pela própria complexidade dos fenómenos que fazem essa realidade.

Pessoas sem tempo e as vezes sem recursos, grosso modo, aceitam as conclusões, i.é, as representações da realidade do país que se lhes apresentam sem questionar as premissas que sustentam essas conclusões. E depois há daquelas coisas que mesmo não sabendo não impedem que a gente leve uma vida normal. Há mais de 20 anos que não sabemos se o primeiro presidente morreu assassinado ou se o acidente foi mesmo acidente e nem por isso deixamos de viver. Há pessoas que se especializam na busca de explicações para as diferentes dúvidas que temos de vários fenómenos que fazem – e ocorrem n(a) - nossa sociedade. Os cientistas, por exemplo, de modo geral, são os especialistas que se ocupam da produção dessas representações aproximativas da realidade. São avaliadores de premissas. Mas os cientistas não são os únicos, existem outros com diferentes níveis de especialidade.

Os músicos, por exemplo, também interpretam a realidade para aqueles que não têm muito tempo e paciência para tal. Quer dizer, procuram nas suas músicas formular perguntas e dar respostas, de forma artística, que nos dizem como é a realidade. E alguns de nós servimo-nos desse conhecimento para orientar nossas acções. A pergunta que se pode colocar é: até que ponto estamos satisfeitos com o rigor do conhecimento que algumas leituras (musicais) nos apresentam da nossa realidade? As conclusões, interpretativas, a que essas leituras de como a realidade se apresenta são plausíveis para podermos orientar nossas acções a partir delas? As premissas sob as quais assentam essas conclusões não são discutíveis? Questionáveis? Que estatuto essa descrição da realidade reclama? É o estatuto que lhe compete? Enfim, vamos pensar sobre algumas destas questões a partir das letras das músicas de Azagaia. Atenção! A intenção, fique claro, não é avaliar o mérito e a criatividade artística de Azagaia que para isso não tenho competência. Quem fizer isso, fá-lo por conta e risco próprio. A intenção é olhar para a música de Azagaia como um artefacto da nossa sociedade, uma representação da realidade e que, por isso, pode ser analisado, estudado independentemente das motivações. Que realidade e que conhecimento da realidade do país as músicas de Azagaia nos proporcionam?

A VERDADE DAS MENTIRAS

“As mentiras da verdade” foi a primeira música de Azagaia. Fez e ainda faz muito sucesso de audiência. Recentemente, Azagaia, voltou à carga com uma segunda música, “A Marcha”, que também está arrastar multidões. Na efervescência do sucesso Azagaia lançou, a 10 de Novembro, o seu primeiro álbum, “Babalaze” (ressaca, traduzido para o português). Não me parece que por detrás do sucesso de Azagaia esteja apenas o facto de cantar o hip hop. Nesse género musical muitos outros jovens cantores já o haviam antecedido. Com um aderência massiva, a música de Azagaia surge pelo conteúdo forte, diga-se pelas conclusões fortes, das suas mensagens.

Um conteúdo que aos ouvidos de muitos é de intervenção e crítica social. Azagaia é, portanto, visto como aquele jovem músico que diz a “verdade” tal e qual ela é. Desnuda-a! E como essa “verdade”, alguns acham, não é conveniente para um sector da sociedade moçambicana, revelá-la publicamente, e de forma desinibida através do rap, torna-se um acto de “coragem”. Na verdade, Azagaia, como ele próprio reconhece, não inventa nada do que diz, apenas faz eco daquilo que as pessoas dizem nas esquinas e corredores, portanto, ao conhecimento popular. Aquele conhecimento daqueles que não têm tempo nem paciência para conviver com a dúvida enquanto avaliam as premissas. É um conhecimento do senso comum, portanto, apriorístico, intuitivo, assistemático. Na verdade, é um não-conhecimento, ou melhor é desconhecimento. Azagaia não faz perguntas, dá respostas. E as respostas que nos oferece, não são respostas novas. São respostas que já eram do domínio de toda gente, do senso comum. São essas respostas que estão a reclamar, agora que ritmadas, um estatuto diferente. O estatuto de verdade! Azagaia é aquele jovem cujas músicas nos dizem “verdades”, é assim que muitos o retratam! A sua atitude, portanto, é de intervenção e crítica social, consideram. Uma critica social que é vista como um acto corajoso, asseveram. Este artigo questiona esse estatuto de “verdade” das músicas de Azagaia. Até que ponto as suas respostas, as conclusões, são baseadas em premissas plausíveis, fidedignas? O que é, mesmo, música de intervenção social e/ou crítica social? Que características temos que lhes reconhecer para a consideramos como tal? O que está a ser analisado é o que faz do conteúdo da música de Azagaia crítica social e reveladora da “verdade”!

  • PATRÍCIO LANGA*
Poderão confirmar esse artigo nesse link “AS VERDADES DA MENTIRA”: Do senso comum ao eclipse da razão (1), ou ainda adquirir esse jornal nas bancas habituais.

Outro artigo anteriormente publicado por esse jornal sobre o rapper aqui...
Crítica social e desabafo.



domingo, 18 de novembro de 2007

Agenda: 01


Kmekie pessoal!!!

  • Azagaia - Dia 23 de Novembro, Sexta feira, no Cine-teatro África no concerto de lançamento do álbum dos artistas da Bang entretenimento Denny OG e ZiQo. O evento vai contar, dentre outros nomes, com a presença do AZAGAIA, BOSS AC e sera transmitido em directo pela STV - Soico Televisão.
  • Azagaia - Ainda no dia 23 de Novembro, mano Aza vai estar no Coconuts na comemoração dos 7 anos da Track Records. Ja agora parabéns a família Track Records...
  • Iveth - Dia 24 de Novembro, sábado, no África Bar na festa da NPK. Para alem da IVETH estarão presentes os manos Micro2, Suky, Young Sixties e outros. Havera promoção no bar e mais dicas pa animar a noite.
Paz e Amor!!!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Azagaia em entrevista na BBC

A primeira vez que o Azagaia foi entrevistado pela BBC foi no contexto do lançamento do single “As mentiras da verdade” que pode ser lida no link a seguir: "Hip Hop crítica poder em Moçambique".

E muito recentemente, o mano voltou a ser convidado a falar para os ouvintes daquele órgão de informação
internacional logo após o lançamento do seu segundo single intitulado "A marcha" (ilustrado também em vídeo). Essa entrevista pode ser vista no link "Rapper Azagaia de novo à carga com 'A Marcha'" ou ainda descarregada no formato mp3 no seguinte link Azagaia na BBC".


Portanto, estão todos convidados a ler/ouvir as entrevistas e deixar comentários e pareceres a cerca do mesmos...


Obrigado!!!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

BABALAZE à venda na Bang Fashion

Estará disponível a partir de amanha, dia 14 de Novembro, na loja Bang Fashion o primeiro álbum do Azagaia intitulado BABALAZE.

É que mesmo depois da surpreendente venda que tivemos no passado sábado dia 10 no restaurante MIMMOS 1, o que chegou a esgotar o nosso stock de venda para aquela sessão, as pessoas não param de ligar a procura do álbum para comprar, e assim decidimos produzir copias de emergência e disponibilizar, a convite do Bang, o álbum Babalaze assim como as Tshirts (modelos ‘Azagaia’ e ‘Cotonete’) na loja Bang Fashion localizada na Rua da Resistência no Bairro de Malhangalene.

Cotonete e Horizontal

BABALAZE brevemente em Portugal

Finalmente boas notícias para os manos ai em Portugal que inúmeras vezes solicitaram pelos lançamentos da Cotonete, e muito em especial pelo álbum BABALAZE do kamikaze moçambicano, AZAGAIA.

A Cotonete Records e a Horizontal Records chegaram a acordo para editar o álbum BABALAZE do rapper mocambicano AZAGAIA nas terras lusas.

Para os mais distraidos, a Horizontal é a label do mano Valete, onde para além dele encontramos o Adamastor e Bónus (a crew Canal115).

Portanto, trata-se de uma iniciativa a muito aplaudida pelos amantes do HipHop (e da Cotonete em particular) em Portugal, pois temos recebidos varios feedback de carinho e admiração pelo nossa label e pelo Azagaia em especial...

Confiram ai a promo com esse interlúdio... AQUI!



Obrigado a todos!!!

FOI LINDO


Mais de 900 pessoas correram ao espaço do restau
rante MIMMOS 1, na esquina entre Av. 24 de Julho e a AV. Salvador Allende, bem no centro da cidade de Maputo para testemunhar o lançamento/promoção em grande do álbum BABALAZE, o primeiro do mano AZAGAIA.

Foi lindo, não esperávamos tanto, conseguimos conquistar o carinho de todas as idades, dos mais novos aos mais velhos, e com isso registar um total de aproximadamente 700 CDS vendidos até o dia 11, e assim tivemos o stock direccionado para essa sessão esgotado, mas já estamos a finalizar nova remessa porque a procura ainda continua em alta...

Importa comentar também que, apesar do notável sucesso, não mais de 20% (ou até menos) dos que la foram eram pessoas directamente ligadas ao HipHop, ou seja, notou-se pouca afluência da comunidade hiphop nacional. Obrigado a essa minoria que la esteve a dar-nos força.

Portanto, o evento foi um sucesso, parabéns à Azagaia, parabéns a Cotonete Records e o HipHop moçambicano também esta de parabéns.

Nosso extenso OBRIGADO vai a todos que se fizeram presente para comprar CDs, Tshirts ou simplesmente dar força à Azagaia pelo BABALAZE e a Cotonete por mais um álbum...

Veja a seguir algumas fotos...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Azagaia: Biografia e Entrevista

Dados biográficos

Nome: Edson da Luz
Naturalidade: Namaacha, às 5:30h do sexto dia do quinto mês do ano de 1984.
Filiação: pai cabo verdeano, mãe moçambicana.
Infância: passada em Namaacha até aos 10 anos, onde fiz uma parte do ensino primário, continuando em Maputo.
Adolescência e juventude: concluo o ensino geral e o pré-universitário e ingresso na UEM. Neste período inicio-me na música fazendo parte do grupo Dinastia Bantu, integro-me no Movimento Humanista por algum tempo e, mais recentemente, entro para Label Cotonete Records, donde fazem parte rappers como Izlo, Ivete, Rage e Terry. Tenho agora o meu álbum à porta, dia 10, mais um marco na minha biografia.


Entrevista
Carlos Serra: Vai sair um álbum seu, o primeiro, dia 10. Qual o conteúdo dos trabalhos?
Edson da Luz: Fundamentalmente, intervenção social e até certo ponto política também, pois no meu ver a realidade social da sociedade moçambicana é em grande parte condicionada pela actividade política deste país, portanto entro quase sempre em choque com a política quando falo da sociedade. Neste cd, não falo muito das belezas deste país porque para mim o feio salta-me mais à vista e as belezas viram naturalmente como consequência de concertarmos o feio. Faço também abordagem da SIDA, mas tentando mostrar às pessoas como este vírus circula no nosso meio pela ponte dos relacionamentos, por exemplo: poderão perceber no tema “Labirintos” como um pai infecta a sua própria filha sem se envolver sexualmente com ela, mas simplesmente pelos labirintos dos nossos relacionamentos. Falo da banalização do sexo, alguns novos hábitos da nossa sociedade e exponho as minhas ideias para se solucionar alguns problemas da nossa moçambicanidade, o que poderá aplicar-se também a nós como africanos.

Carlos Serra: O Edson é um crítico social. Por quê?
Edson da Luz: Às vezes faço-me essa pergunta e pergunto-me também por quê não sou um artista igual a tantos que cantam sempre a alegria, o amor e a beleza da vida, a resposta não é facil, talvez recuar um pouco na minha história, nasci na vila da Namaacha filho de pai cabo verdeano e mãe moçambicana, dizem que sou mulato e por isso quando criança sofria discriminação, diziam que eu não tinha bandeira, logo aos 10 anos vi os meus pais separarem-se e venho morar em Maputo, tenho um contacto brusco com a realidade da selva que é a cidade, vivendo apenas com a minha mãe e meus irmaõs, assisto à batalha constante que a minha mãe travava para nos sustentar, a minha mãe sempre dizia para eu estudar para vencer na vida, enquanto isso ia assistindo pessoas sem estudo ou qualquer cultura académica a singrarem na vida à custa de “esquemas”, uma série de contrastes, meu pai ajudou no gosto pela leitura e descobri mensagens de revolta, esperança e alternativa nos poemas de José Craveirinha, descobri assim uma maneira de estar na sociedade, contribuir com a crítica para melhorar o meu meio, escrevi poemas e depois entrei na música de modo mais interventivo.

Carlos Serra: Bem, talvez já tenha dado a resposta...é estudante de geologia, estuda a estrutura da terra. Como se efectuou a transição para o estudo da sociedade?
Edson da Luz: O estudo da sociedade já fazia mesmo antes de entrar na faculdade e continuei a desenvolver as duas actividades em paralelo, mas às vezes as duas cruzam-se e às vezes sou também crítico dentro da sala de aulas e uso meus conhecimentos académicos para auxiliarem-me nas minhas análises, na escola tive noção do país, dos recursos, de como usá-los e também pude perceber como são mal aproveitados.

Carlos Serra: Como surge o nome artístico "azagaia"?
Edson da Luz: Surge na tentativa de adequar a nossa cultura africana à música hip hop, ou talvez o contrário, portanto este nome é produto do cruzamento entre o hip hop e a cultura africana, sendo a azagaia um instrumento de combate nos povos bantu, eu achei interessante adoptá-lo como alcunha, visto que a minha postura sempre foi combativa, vou directo aos meus alvos.

Carlos Serra: Como vê a evolução de Moçambique?
Edson da Luz: Talvez escrevendo um livro sobre este tema eu explicaria, mas em palavras mais resumidas eu acho que nós andamos e paramos constantemente e sinceramente não sei o que fazemos com maior frequência e duração, mas arriscaria em dizer que paramos mais, falarei de Moçambique desde a independência, marco zero, perdoem-me os tribalistas, assistia-se à construção duma nação segundo os livros e testemunhos orais, muitos erros e acertos, alguém me disse que o país era um quartel naquela altura, mas havia fortes princípios morais, uma forte liderança, quando é assassinado o presidente explode um clima de instabilidade intenso, 16 anos de guerra civil, muita dor e mágoa, desenvolvimento económico e social parado, quando finalmente a guerra acaba as pessoas estão chocadas e desnorteadas, grande crise de valores, ensina-se a cultura da paz, mas pouco se ensina sobre a cultura de ser cidadão, observa-se muito oportunismo, não que não existisse antes, a importação da cultura ocidental faz confusão na cabeça dos jovens, muitos já nem sabem o que é ser moçambicano, perda de identidade, o capitalismo selvagem não deixa espaço nem tempo para se abordar estes assuntos, estão os pais preocupados em ganhar cada vez mais dinheiro, estão os filhos a tentar ser americanos ou europeus, a educação é tão eficaz que produz alunos que concluem o ensino primário sem saberem ler e escrever correctamente devido a um sistema de passagem obrigatória, importado de certeza de um país doador, não temos noção da dimensão do nosso país, pensamos que ele é a nossa cidade, não há perspectivas de saída do lugar por parte dos nossos irmãos dos distritos e localidades no Centro e Norte do país, a tentativa de desenvolver o país continua, recuperar o tempo perdido, então vendemos o país, privatizámo-lo em troca de investimentos, democracia experimental, que confunde-se com um regime ditatorial disfarçado, uns enriquecem muito, outros empobrecem na mesma proporção, aumenta o crime porque parece que diminuem oportunidades, corrupção, nepotismo, os nossos governantes guerreiam constantemente, resultado: o povo já não confia neles (já agora muitos jovens não têm vontade de recensearem-se). Temos fábricas paradas há muito tempo e supermercados a abrirem constantemente, os nacionais não conseguem ser mais que empregados e muitas vezes de estrangeiros, é um cada um por si e Deus por todos, e até a religião é negócio, a doença é negócio, enfim... talvez encontrem pessimismo na minha análise, mas é como eu vejo e acredito que muitos assim o vêm também. A evolução é um processo contínuo, na minha opinião vivemos em prédios de caniço disfarçados de cimento e betão, a julgarmos que somos melhores que outros nossos irmãos que perdem-se no horizonte da ignorância comum.


Retirada do Blog do Sociologo Carlos Serra http://www.oficinadesociologia.blogspot.com/

Por favor, leiam outros posts e os respectivos comentários no blog do Carlos Serra, haha muito... fixe...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

BABALAZE NAS RUAS


Finalmente, o tão esperado álbum do rapper e mc
do colectivo Cotonete Records, o Azagaia, chega às ruas dentro de pouquissímos dias. Portanto, depois de em 2006 a Cotonete ter lançado a reconhecida compilação “MAIS HIPHOP NO TEU OUVIDO!” e em 2007 o polémico single “AS MENTIRAS DA VERDADE”, o próximo passo, já com local, data e hora marcada, recai sobre o primeiro álbum do mano Azagaia, BABALAZE.

Principalmente, logo após a saída do seu primeiro single (As mentiras da verdade, que foi um verdadeiro estrondo, destacado um pouco por todo país e não só ), o BABALAZE passou a ser o mais aguardado álbum da cena hiphop nacional.

PARTICIPAÇÕES E PRODUÇÕES

BABALAZE teve a honra de contar com a participação de alguns dos nomes que o rapper (Azagaia) e a Cotonete muito admira, como é o caso do Rage, Iveth e Izlo (artistas da casa) na musica ‘Cotonete militares’, A-Small e Escudo na musica ‘Até ao fim’, SG dos Xitikuh Ni Mbaula na musica ‘Labirintos’, Neto na musica ‘Ni ta ku fonela (Telefonar)’, o quarteto Nilza, Mary, Neto e Bernadino do grupo coral Khensani Hosi na faixa ‘Malhazine (Intro)’, Terry (também esse da casa) no ‘Eu não paroe de Valete no tema ‘Alternativos’.

Em termos de produção musical o álbum contou com os dedos de Destroy Bravo, Proofless (Gpro), Scam (Cotonete Records, Raze, Dj Ardiles (DXS Label), Mr Dino, Freeyamind (911 Estudios), Encloser, Dj Aires Slam G, The Jumper, Ernanio (Kisai).

Importa salientar também, que os hits ‘As menitiras da verdade’, ‘Eu não paro’ e ‘A marcha’ estarão presentes no playlist desse CD.


LOCAL, DATA e HORA

E assim, finalmente, temos o prazer de anunciar oficialmente que o álbum BABALAZE de AZAGAIA, será apresentado a imprensa e ao público em geral no próximo Sábado, dia 10 de Novembro, no restaurante MIMMOS 1 (na Avenida 24 de Julho) das 10 às 14:00 Horas, numa sessão de venda de CDs e Tshirts, autografos, fotos e bate-papo com os fãs e muito mais.

O CD estará a ser vendido ao simbolico preço de 200 Mts.


ATENÇÃO!

Em breve anunciaremos o lançamento oficial em concerto, um evento que poderá contar com respeitavéis nomes do hiphop. Para já sintam cada verso

dum kamikazze moçambicano para depois o fazerem coro...lol! Fiquem atentos...

Veja os nossos contactos abaixo para mais dicas...

Paz e amor!