Cotonete on Facebook!!!

Cotonete Records | Tel. 258 82 4471440 | MSN/Email: Cotoneterec@gmail.com | Maputo - Moçambique


sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Arquivo: Cotonete na IV Street Magazine

A IV STREET é uma revista portuguesa fortemente orientada para a cultura Hip Hop nas suas variadas manifestações e vertentes, editada mensalmente (agora) em www.ivstreet.com. É recorrente encontrar na IV STREET crónicas de eventos, críticas a CDs, entrevistas a artistas das quatro vertentes (MCs, DJs, B-boys e B-girls e Writters), artigos de opinião que cobrem os mais diferentes aspectos da cultura, foto-reportagens, artigos sobre desportos urbanos, street wear, entre muitos outros temas directa ou indirectamente ligados à cultura Hip Hop.

A IV STREET começou como um projecto, não de uma revista, mas de um singelo catálogo. Foi necessário adaptar os objectivos aos recursos disponíveis, processo que levou à edição do seu primeiro número online em Setembro de 2006. Desde então a equipa cresceu, não só em número mas também enquanto equipa.
Entre os seus maiores projectos estão entrevistas a artistas internacionais como Q-Bert e 2 Many DJs e uma cobertura em grande escala do Concurso Nacional de DJs de 2006, apoiado pela IDA, e do FlowFest 2007, eventos dos quais foi Media Partner.

Nesse contexto a Cotonete Records teve o privilégio de ser entrevistado por essa magnifica revista em duas ocasiões, primeiro ao Joe a quando do lançamento da respeitável compilação “MAIS HIPHOP NO TEU OUVIDO e depois ao Azagaia logo após a saida do atemporal single “AS MENTIRAS DA VERDADE”.

Bom, vocês poderão conferir essas matérias nos seguintes links:

Para ver a matéria sobre a compilação “Mais hiphop no teu ovido!” (a Revista esta em PDF, portanto deve descarregar e ler no seu computador);

Para além dessas matérias ainda poderão ter acesso a informações sobre o hiphop e mcs portugueses.

Acima de tudo a IV STREET não esquece que Hip Hop é paz, amor, união e divertimento porque, como diz KRS-ONE, um ícone dos primórdios do movimento Hip Hop:

Rap Is Something We Do, Hip Hop Is Something We Live

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Agenda: 02


  • Azagaia - Sexta Feira, dia 30 de Novembro, 22Hrs no espaço do África Bar, a MADGUNZ apresenta a "RODA DO HIPHOP", evento ao vivo com a Banda Ndyango. O convidado especial deste evento e o mano AZAGAIA mas para além dele estarão presentes na mistura o Dj Mhuale e o Dj Celcinho, no palco nomes como A-Small e Armadu, 9mm, M18 e tantos outros. Havera BABALAZE a venda no local.
Veja o flyer abaixo!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A PROMOÇÃO CONTINUA!!!

À venda hoje...


Para os que ainda não conseguiram comprar o BABALAZE nem no passado dia 10 no Mimmos nem na loja Bang's Fashion, esta ai mais uma oportunidade...


Hoje, dia 23, a partir das 16Horas, na portaria do CINE-ÁFRICA, com cobertura da Radio Cidade e com os autógrafos do Azagaia, o álbum BABALAZE estara a venda (ainda a preço da Cotonete).

Durante a próxima semana o CD estara disponível em mais lojas da cidade de Maputo e nas capitais provinciais....



Em cima a capa principal do BABALAZE...


Em cima a capa alternativa/especial do BABALAZE, normalmente reservados a Rádio, Televisão, Jornal, etc...


agora, qual das capas achou melhor heheheh???

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

IMPRENSA: Jornal Noticias

Azagaia no Jornal Noticias

No Caderno Cultural do Jornal Noticias de hoje Quarta-Feira, 21 de Novembro de 2007, na rubrica "IDEIAS", trás um artigo sobre o rapper AZAGAIA assinado pelo Pratricio Langa. Eu ainda não tive oportunidade de ler o referido artigo, mas vim por em primeiro mão aqui no blog, para que vocês podessem ler e comentar.

Se houver necessidade nos próximos dias faremos um comentário em volta desse artigo. fiquem atentos.

Agora, atenção ao artigo abaixo, leiam e deixem o vosso comentário!!!


“AS VERDADES DA MENTIRA”: Do senso comum ao eclipse da razão (1)

Edson da Luz, Azagaia de nome artístico, é um jovem moçambicano, quanto a mim, com faculdade para se afirmar na arte de escrever letras, compor e interpretar música do género hip hop ou simplesmente RAP. Hip hop é um estilo de música popular cujas origens nos remetem para os meios socialmente desfavorecidos, i.e. guetos maioritariamente negros dos Estados Unidos da América. A combinação do ritmo, rima poética, e palavreado ao som de batidas (beats) musicais emprestou-lhe o nome de música RAP. Aos rappers normalmente chama-se-lhes MCs. Na verdade, o MC (Master of Ceremonies) refere-se ao mestre de cerimónia que introduz o DJ (Disc Joker) que vai animar a plateia com a mistura de ritmos, rima poética e canto (voz). Enfim, não pretendo fazer a história da origem do hip hop, aqui. Há elementos que não interessa aprofundar para aquilo que são os propósitos deste artigo. Interessa-me, no entanto, referir a uma característica peculiar do hip hop: a crítica social e/ou intervenção social! O hip hop é uma música de intervenção social, isto é, uma música cujo conteúdo das letras procura desnudar as diversas situações de injustiça social e expor os demais problemas sociais que afectam principalmente as minorias étnicas nos EUA, em particular os afro-americanos. Esta característica não é universal entre os rappers. Como qualquer movimento cultural o hip hop tem várias correntes, ramificações e produziu até sub-culturas. Por exemplo, a sub-cultura do gangstarismo que mais se popularizou pelos efeitos comerciais que gerou, pela vida luxuosa, material, que proporcionou a alguns de seus interpretes, pela “cultura de violência”, entre outras coisas e pela reacção crítica que a sociedade lançou aos gangsta rap. Este último é um tipo de Rap que remete para um estilo de vida que reclamou a vida de muitos jovens, principalmente, negros americanos e que têm como um dos seus ícones o legendário Tupac Amaru Shakur[1] (1971-1996). 2pac morreu, com apenas 25 anos de idade, crivado de balas. Aqui também não interessa aprofundar estas histórias que até são marginais ao assunto. Devo apenas referir que o hip hop, nas suas diversas sub-culturas, universalizou-se, para não dizer globalizou-se, e em cada contexto foi adquirido características sui-generis desses lugares.

Bom, qual é o propósito, então, de vos contar um pouco da história do hip hop? Pretendo, simplesmente, sugerir uma reflexão geral sobre o sentido – dito “crítico” – da música de Azagaia. Em outras palavras, quero levantar questões sobre a realidade a que a música de Azagaia nos dá acesso, ou se quiserem questiona. Que realidade descreve e como faz essa descrição? É uma maneira razoável de nos apresentar uma leitura da realidade, digamos, político-social do nosso país? Estamos de acordo com os termos da leitura? Descreve e documenta essa realidade da “melhor” maneira possível? As conclusões talvez sejam o menos interessante debater, mas como se seja a essas conclusões parece um aspecto fundamental que a nossa espera pública não devia descurar. Azagaia, nas suas músicas, sugere que a realidade política e social do nosso país apresenta-se de um certa maneira. Concordamos com essa descrição? É sobre isso que este artigo trata.

REALIDADE VS. CONHECIMENTO DA REALIDADE DO PAÍS

Sem grandes recursos teóricos, e de forma algo leiga e bem generalista, gostaria de sugerir que existe:

a) por um lado, a realidade (social) do país e;

b) por outro lado, o conhecimento da realidade (social) do país.

Tanto uma como outra são em parte produto das nossas acções, portanto passíveis de tomarem forma e conteúdo possíveis e ainda não realizados. Quer dizer, a realidade do nosso país e o conhecimento dessa realidade podem estar sujeitos a nossa intervenção para tomarem formas e conteúdos específicos. O espaço público, a política, através do debate de ideias, é onde nós podemos negociar – democraticamente, em princípio – os vários futuros possíveis e “desejáveis”. O debate de ideias é, portanto, constitutivo e constituinte da sociedade que fomos, somos e podemos vir a ser. Podemos dizer, então e hipoteticamente, que em função da abertura que tive(r)mos para o debate de ideia fomos e podemos ser uma sociedade autoritária (fechada) ou democrática (aberta), para colocar as coisas entre extremos. O desafio que se nos coloca todos os dias é saber para que lado tendemos e queremos tender. Como e o que fazemos para evitar os inimigos da sociedade aberta, se esta for o nosso desiderato. De novo o próprio debate é chamado como instrumento não só para medir essa tendência, como para destruir os inimigos da sociedade aberta. Tudo isto é para dizer que enquanto sociedade temos que saber debater. Debater, aqui, significa saber avaliar argumentos. O conhecimento que temos da realidade do nosso país depende, portanto, fundamentalmente, da capacidade que temos de avaliar argumentos nas suas diversas maneiras de se apresentar. Se nos dizem, por exemplo, que o nosso país é pobre. Estão basicamente a oferecer-nos uma conclusão. Para sabermos se essa conclusão é plausível temos que avaliar as razões (premissas) que se nos oferecem para tirar tal conclusão (voltarei a este assunto mais adiante). Não podemos é a aceitar que nos digam é pobre porque é pobre e pronto! A maneira como avaliamos esta conclusão e suas premissas vai nos dizer muito sobre o que sabemos do nosso país. Podemos então questionarmo-nos sobre os modos de produção de conhecimento dessa realidade e sobre a validade do conhecimento que produzimos.

Neste sentido “verdade” ou conhecimento verdadeiro seria aquele conhecimento que apresentasse razões plausíveis para as conclusões que descrevem o estado do nosso país. Quanto mais fidedignas as razões (premissas) mas fortes as conclusões e o conhecimento que temos do país. O conhecimento seria, portanto, apenas a representação dessa realidade. Podemos imaginar que o trabalho de buscar representações fiéis, conhecimento “verdadeiro”, do país, isto é, o mais próximo possível da realidade “real” deve ser penoso pelo tempo, recursos que requer e, não só, como pela própria complexidade dos fenómenos que fazem essa realidade.

Pessoas sem tempo e as vezes sem recursos, grosso modo, aceitam as conclusões, i.é, as representações da realidade do país que se lhes apresentam sem questionar as premissas que sustentam essas conclusões. E depois há daquelas coisas que mesmo não sabendo não impedem que a gente leve uma vida normal. Há mais de 20 anos que não sabemos se o primeiro presidente morreu assassinado ou se o acidente foi mesmo acidente e nem por isso deixamos de viver. Há pessoas que se especializam na busca de explicações para as diferentes dúvidas que temos de vários fenómenos que fazem – e ocorrem n(a) - nossa sociedade. Os cientistas, por exemplo, de modo geral, são os especialistas que se ocupam da produção dessas representações aproximativas da realidade. São avaliadores de premissas. Mas os cientistas não são os únicos, existem outros com diferentes níveis de especialidade.

Os músicos, por exemplo, também interpretam a realidade para aqueles que não têm muito tempo e paciência para tal. Quer dizer, procuram nas suas músicas formular perguntas e dar respostas, de forma artística, que nos dizem como é a realidade. E alguns de nós servimo-nos desse conhecimento para orientar nossas acções. A pergunta que se pode colocar é: até que ponto estamos satisfeitos com o rigor do conhecimento que algumas leituras (musicais) nos apresentam da nossa realidade? As conclusões, interpretativas, a que essas leituras de como a realidade se apresenta são plausíveis para podermos orientar nossas acções a partir delas? As premissas sob as quais assentam essas conclusões não são discutíveis? Questionáveis? Que estatuto essa descrição da realidade reclama? É o estatuto que lhe compete? Enfim, vamos pensar sobre algumas destas questões a partir das letras das músicas de Azagaia. Atenção! A intenção, fique claro, não é avaliar o mérito e a criatividade artística de Azagaia que para isso não tenho competência. Quem fizer isso, fá-lo por conta e risco próprio. A intenção é olhar para a música de Azagaia como um artefacto da nossa sociedade, uma representação da realidade e que, por isso, pode ser analisado, estudado independentemente das motivações. Que realidade e que conhecimento da realidade do país as músicas de Azagaia nos proporcionam?

A VERDADE DAS MENTIRAS

“As mentiras da verdade” foi a primeira música de Azagaia. Fez e ainda faz muito sucesso de audiência. Recentemente, Azagaia, voltou à carga com uma segunda música, “A Marcha”, que também está arrastar multidões. Na efervescência do sucesso Azagaia lançou, a 10 de Novembro, o seu primeiro álbum, “Babalaze” (ressaca, traduzido para o português). Não me parece que por detrás do sucesso de Azagaia esteja apenas o facto de cantar o hip hop. Nesse género musical muitos outros jovens cantores já o haviam antecedido. Com um aderência massiva, a música de Azagaia surge pelo conteúdo forte, diga-se pelas conclusões fortes, das suas mensagens.

Um conteúdo que aos ouvidos de muitos é de intervenção e crítica social. Azagaia é, portanto, visto como aquele jovem músico que diz a “verdade” tal e qual ela é. Desnuda-a! E como essa “verdade”, alguns acham, não é conveniente para um sector da sociedade moçambicana, revelá-la publicamente, e de forma desinibida através do rap, torna-se um acto de “coragem”. Na verdade, Azagaia, como ele próprio reconhece, não inventa nada do que diz, apenas faz eco daquilo que as pessoas dizem nas esquinas e corredores, portanto, ao conhecimento popular. Aquele conhecimento daqueles que não têm tempo nem paciência para conviver com a dúvida enquanto avaliam as premissas. É um conhecimento do senso comum, portanto, apriorístico, intuitivo, assistemático. Na verdade, é um não-conhecimento, ou melhor é desconhecimento. Azagaia não faz perguntas, dá respostas. E as respostas que nos oferece, não são respostas novas. São respostas que já eram do domínio de toda gente, do senso comum. São essas respostas que estão a reclamar, agora que ritmadas, um estatuto diferente. O estatuto de verdade! Azagaia é aquele jovem cujas músicas nos dizem “verdades”, é assim que muitos o retratam! A sua atitude, portanto, é de intervenção e crítica social, consideram. Uma critica social que é vista como um acto corajoso, asseveram. Este artigo questiona esse estatuto de “verdade” das músicas de Azagaia. Até que ponto as suas respostas, as conclusões, são baseadas em premissas plausíveis, fidedignas? O que é, mesmo, música de intervenção social e/ou crítica social? Que características temos que lhes reconhecer para a consideramos como tal? O que está a ser analisado é o que faz do conteúdo da música de Azagaia crítica social e reveladora da “verdade”!

  • PATRÍCIO LANGA*
Poderão confirmar esse artigo nesse link “AS VERDADES DA MENTIRA”: Do senso comum ao eclipse da razão (1), ou ainda adquirir esse jornal nas bancas habituais.

Outro artigo anteriormente publicado por esse jornal sobre o rapper aqui...
Crítica social e desabafo.



domingo, 18 de novembro de 2007

Agenda: 01


Kmekie pessoal!!!

  • Azagaia - Dia 23 de Novembro, Sexta feira, no Cine-teatro África no concerto de lançamento do álbum dos artistas da Bang entretenimento Denny OG e ZiQo. O evento vai contar, dentre outros nomes, com a presença do AZAGAIA, BOSS AC e sera transmitido em directo pela STV - Soico Televisão.
  • Azagaia - Ainda no dia 23 de Novembro, mano Aza vai estar no Coconuts na comemoração dos 7 anos da Track Records. Ja agora parabéns a família Track Records...
  • Iveth - Dia 24 de Novembro, sábado, no África Bar na festa da NPK. Para alem da IVETH estarão presentes os manos Micro2, Suky, Young Sixties e outros. Havera promoção no bar e mais dicas pa animar a noite.
Paz e Amor!!!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Azagaia em entrevista na BBC

A primeira vez que o Azagaia foi entrevistado pela BBC foi no contexto do lançamento do single “As mentiras da verdade” que pode ser lida no link a seguir: "Hip Hop crítica poder em Moçambique".

E muito recentemente, o mano voltou a ser convidado a falar para os ouvintes daquele órgão de informação
internacional logo após o lançamento do seu segundo single intitulado "A marcha" (ilustrado também em vídeo). Essa entrevista pode ser vista no link "Rapper Azagaia de novo à carga com 'A Marcha'" ou ainda descarregada no formato mp3 no seguinte link Azagaia na BBC".


Portanto, estão todos convidados a ler/ouvir as entrevistas e deixar comentários e pareceres a cerca do mesmos...


Obrigado!!!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

BABALAZE à venda na Bang Fashion

Estará disponível a partir de amanha, dia 14 de Novembro, na loja Bang Fashion o primeiro álbum do Azagaia intitulado BABALAZE.

É que mesmo depois da surpreendente venda que tivemos no passado sábado dia 10 no restaurante MIMMOS 1, o que chegou a esgotar o nosso stock de venda para aquela sessão, as pessoas não param de ligar a procura do álbum para comprar, e assim decidimos produzir copias de emergência e disponibilizar, a convite do Bang, o álbum Babalaze assim como as Tshirts (modelos ‘Azagaia’ e ‘Cotonete’) na loja Bang Fashion localizada na Rua da Resistência no Bairro de Malhangalene.

Cotonete e Horizontal

BABALAZE brevemente em Portugal

Finalmente boas notícias para os manos ai em Portugal que inúmeras vezes solicitaram pelos lançamentos da Cotonete, e muito em especial pelo álbum BABALAZE do kamikaze moçambicano, AZAGAIA.

A Cotonete Records e a Horizontal Records chegaram a acordo para editar o álbum BABALAZE do rapper mocambicano AZAGAIA nas terras lusas.

Para os mais distraidos, a Horizontal é a label do mano Valete, onde para além dele encontramos o Adamastor e Bónus (a crew Canal115).

Portanto, trata-se de uma iniciativa a muito aplaudida pelos amantes do HipHop (e da Cotonete em particular) em Portugal, pois temos recebidos varios feedback de carinho e admiração pelo nossa label e pelo Azagaia em especial...

Confiram ai a promo com esse interlúdio... AQUI!



Obrigado a todos!!!

FOI LINDO


Mais de 900 pessoas correram ao espaço do restau
rante MIMMOS 1, na esquina entre Av. 24 de Julho e a AV. Salvador Allende, bem no centro da cidade de Maputo para testemunhar o lançamento/promoção em grande do álbum BABALAZE, o primeiro do mano AZAGAIA.

Foi lindo, não esperávamos tanto, conseguimos conquistar o carinho de todas as idades, dos mais novos aos mais velhos, e com isso registar um total de aproximadamente 700 CDS vendidos até o dia 11, e assim tivemos o stock direccionado para essa sessão esgotado, mas já estamos a finalizar nova remessa porque a procura ainda continua em alta...

Importa comentar também que, apesar do notável sucesso, não mais de 20% (ou até menos) dos que la foram eram pessoas directamente ligadas ao HipHop, ou seja, notou-se pouca afluência da comunidade hiphop nacional. Obrigado a essa minoria que la esteve a dar-nos força.

Portanto, o evento foi um sucesso, parabéns à Azagaia, parabéns a Cotonete Records e o HipHop moçambicano também esta de parabéns.

Nosso extenso OBRIGADO vai a todos que se fizeram presente para comprar CDs, Tshirts ou simplesmente dar força à Azagaia pelo BABALAZE e a Cotonete por mais um álbum...

Veja a seguir algumas fotos...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Azagaia: Biografia e Entrevista

Dados biográficos

Nome: Edson da Luz
Naturalidade: Namaacha, às 5:30h do sexto dia do quinto mês do ano de 1984.
Filiação: pai cabo verdeano, mãe moçambicana.
Infância: passada em Namaacha até aos 10 anos, onde fiz uma parte do ensino primário, continuando em Maputo.
Adolescência e juventude: concluo o ensino geral e o pré-universitário e ingresso na UEM. Neste período inicio-me na música fazendo parte do grupo Dinastia Bantu, integro-me no Movimento Humanista por algum tempo e, mais recentemente, entro para Label Cotonete Records, donde fazem parte rappers como Izlo, Ivete, Rage e Terry. Tenho agora o meu álbum à porta, dia 10, mais um marco na minha biografia.


Entrevista
Carlos Serra: Vai sair um álbum seu, o primeiro, dia 10. Qual o conteúdo dos trabalhos?
Edson da Luz: Fundamentalmente, intervenção social e até certo ponto política também, pois no meu ver a realidade social da sociedade moçambicana é em grande parte condicionada pela actividade política deste país, portanto entro quase sempre em choque com a política quando falo da sociedade. Neste cd, não falo muito das belezas deste país porque para mim o feio salta-me mais à vista e as belezas viram naturalmente como consequência de concertarmos o feio. Faço também abordagem da SIDA, mas tentando mostrar às pessoas como este vírus circula no nosso meio pela ponte dos relacionamentos, por exemplo: poderão perceber no tema “Labirintos” como um pai infecta a sua própria filha sem se envolver sexualmente com ela, mas simplesmente pelos labirintos dos nossos relacionamentos. Falo da banalização do sexo, alguns novos hábitos da nossa sociedade e exponho as minhas ideias para se solucionar alguns problemas da nossa moçambicanidade, o que poderá aplicar-se também a nós como africanos.

Carlos Serra: O Edson é um crítico social. Por quê?
Edson da Luz: Às vezes faço-me essa pergunta e pergunto-me também por quê não sou um artista igual a tantos que cantam sempre a alegria, o amor e a beleza da vida, a resposta não é facil, talvez recuar um pouco na minha história, nasci na vila da Namaacha filho de pai cabo verdeano e mãe moçambicana, dizem que sou mulato e por isso quando criança sofria discriminação, diziam que eu não tinha bandeira, logo aos 10 anos vi os meus pais separarem-se e venho morar em Maputo, tenho um contacto brusco com a realidade da selva que é a cidade, vivendo apenas com a minha mãe e meus irmaõs, assisto à batalha constante que a minha mãe travava para nos sustentar, a minha mãe sempre dizia para eu estudar para vencer na vida, enquanto isso ia assistindo pessoas sem estudo ou qualquer cultura académica a singrarem na vida à custa de “esquemas”, uma série de contrastes, meu pai ajudou no gosto pela leitura e descobri mensagens de revolta, esperança e alternativa nos poemas de José Craveirinha, descobri assim uma maneira de estar na sociedade, contribuir com a crítica para melhorar o meu meio, escrevi poemas e depois entrei na música de modo mais interventivo.

Carlos Serra: Bem, talvez já tenha dado a resposta...é estudante de geologia, estuda a estrutura da terra. Como se efectuou a transição para o estudo da sociedade?
Edson da Luz: O estudo da sociedade já fazia mesmo antes de entrar na faculdade e continuei a desenvolver as duas actividades em paralelo, mas às vezes as duas cruzam-se e às vezes sou também crítico dentro da sala de aulas e uso meus conhecimentos académicos para auxiliarem-me nas minhas análises, na escola tive noção do país, dos recursos, de como usá-los e também pude perceber como são mal aproveitados.

Carlos Serra: Como surge o nome artístico "azagaia"?
Edson da Luz: Surge na tentativa de adequar a nossa cultura africana à música hip hop, ou talvez o contrário, portanto este nome é produto do cruzamento entre o hip hop e a cultura africana, sendo a azagaia um instrumento de combate nos povos bantu, eu achei interessante adoptá-lo como alcunha, visto que a minha postura sempre foi combativa, vou directo aos meus alvos.

Carlos Serra: Como vê a evolução de Moçambique?
Edson da Luz: Talvez escrevendo um livro sobre este tema eu explicaria, mas em palavras mais resumidas eu acho que nós andamos e paramos constantemente e sinceramente não sei o que fazemos com maior frequência e duração, mas arriscaria em dizer que paramos mais, falarei de Moçambique desde a independência, marco zero, perdoem-me os tribalistas, assistia-se à construção duma nação segundo os livros e testemunhos orais, muitos erros e acertos, alguém me disse que o país era um quartel naquela altura, mas havia fortes princípios morais, uma forte liderança, quando é assassinado o presidente explode um clima de instabilidade intenso, 16 anos de guerra civil, muita dor e mágoa, desenvolvimento económico e social parado, quando finalmente a guerra acaba as pessoas estão chocadas e desnorteadas, grande crise de valores, ensina-se a cultura da paz, mas pouco se ensina sobre a cultura de ser cidadão, observa-se muito oportunismo, não que não existisse antes, a importação da cultura ocidental faz confusão na cabeça dos jovens, muitos já nem sabem o que é ser moçambicano, perda de identidade, o capitalismo selvagem não deixa espaço nem tempo para se abordar estes assuntos, estão os pais preocupados em ganhar cada vez mais dinheiro, estão os filhos a tentar ser americanos ou europeus, a educação é tão eficaz que produz alunos que concluem o ensino primário sem saberem ler e escrever correctamente devido a um sistema de passagem obrigatória, importado de certeza de um país doador, não temos noção da dimensão do nosso país, pensamos que ele é a nossa cidade, não há perspectivas de saída do lugar por parte dos nossos irmãos dos distritos e localidades no Centro e Norte do país, a tentativa de desenvolver o país continua, recuperar o tempo perdido, então vendemos o país, privatizámo-lo em troca de investimentos, democracia experimental, que confunde-se com um regime ditatorial disfarçado, uns enriquecem muito, outros empobrecem na mesma proporção, aumenta o crime porque parece que diminuem oportunidades, corrupção, nepotismo, os nossos governantes guerreiam constantemente, resultado: o povo já não confia neles (já agora muitos jovens não têm vontade de recensearem-se). Temos fábricas paradas há muito tempo e supermercados a abrirem constantemente, os nacionais não conseguem ser mais que empregados e muitas vezes de estrangeiros, é um cada um por si e Deus por todos, e até a religião é negócio, a doença é negócio, enfim... talvez encontrem pessimismo na minha análise, mas é como eu vejo e acredito que muitos assim o vêm também. A evolução é um processo contínuo, na minha opinião vivemos em prédios de caniço disfarçados de cimento e betão, a julgarmos que somos melhores que outros nossos irmãos que perdem-se no horizonte da ignorância comum.


Retirada do Blog do Sociologo Carlos Serra http://www.oficinadesociologia.blogspot.com/

Por favor, leiam outros posts e os respectivos comentários no blog do Carlos Serra, haha muito... fixe...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

BABALAZE NAS RUAS


Finalmente, o tão esperado álbum do rapper e mc
do colectivo Cotonete Records, o Azagaia, chega às ruas dentro de pouquissímos dias. Portanto, depois de em 2006 a Cotonete ter lançado a reconhecida compilação “MAIS HIPHOP NO TEU OUVIDO!” e em 2007 o polémico single “AS MENTIRAS DA VERDADE”, o próximo passo, já com local, data e hora marcada, recai sobre o primeiro álbum do mano Azagaia, BABALAZE.

Principalmente, logo após a saída do seu primeiro single (As mentiras da verdade, que foi um verdadeiro estrondo, destacado um pouco por todo país e não só ), o BABALAZE passou a ser o mais aguardado álbum da cena hiphop nacional.

PARTICIPAÇÕES E PRODUÇÕES

BABALAZE teve a honra de contar com a participação de alguns dos nomes que o rapper (Azagaia) e a Cotonete muito admira, como é o caso do Rage, Iveth e Izlo (artistas da casa) na musica ‘Cotonete militares’, A-Small e Escudo na musica ‘Até ao fim’, SG dos Xitikuh Ni Mbaula na musica ‘Labirintos’, Neto na musica ‘Ni ta ku fonela (Telefonar)’, o quarteto Nilza, Mary, Neto e Bernadino do grupo coral Khensani Hosi na faixa ‘Malhazine (Intro)’, Terry (também esse da casa) no ‘Eu não paroe de Valete no tema ‘Alternativos’.

Em termos de produção musical o álbum contou com os dedos de Destroy Bravo, Proofless (Gpro), Scam (Cotonete Records, Raze, Dj Ardiles (DXS Label), Mr Dino, Freeyamind (911 Estudios), Encloser, Dj Aires Slam G, The Jumper, Ernanio (Kisai).

Importa salientar também, que os hits ‘As menitiras da verdade’, ‘Eu não paro’ e ‘A marcha’ estarão presentes no playlist desse CD.


LOCAL, DATA e HORA

E assim, finalmente, temos o prazer de anunciar oficialmente que o álbum BABALAZE de AZAGAIA, será apresentado a imprensa e ao público em geral no próximo Sábado, dia 10 de Novembro, no restaurante MIMMOS 1 (na Avenida 24 de Julho) das 10 às 14:00 Horas, numa sessão de venda de CDs e Tshirts, autografos, fotos e bate-papo com os fãs e muito mais.

O CD estará a ser vendido ao simbolico preço de 200 Mts.


ATENÇÃO!

Em breve anunciaremos o lançamento oficial em concerto, um evento que poderá contar com respeitavéis nomes do hiphop. Para já sintam cada verso

dum kamikazze moçambicano para depois o fazerem coro...lol! Fiquem atentos...

Veja os nossos contactos abaixo para mais dicas...

Paz e amor!